Rússia revive os tempos de Stalin ao estimular que cidadãos denunciem os críticos do regime
Partidários de Vladimir Putin denunciam dissidentes e fortalecem a máquina repressiva do Kremlin durante a guerra na Ucrânia
Na Rússia, contestar as ações do presidente Vladimir Putin ou protestar contra a guerra na Ucrânia é uma missão desafiadora, devido à repressão estatal que leva dissidentes à prisão diariamente. A situação ficou ainda mais tensa durante o conflito, com o aumento dos casos de civis partidários de Putin que passaram a denunciar os manifestantes antiguerra e os opositores do regime em geral. As informações são da rede Radio Free Europe.
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A professora de inglês Irina Gen, da cidade de Penza, foi uma das vítimas desse sistema de denúncias populares que muitos no país comparam aos tempos de Stalin e aos piores dias da União Soviética. Ela foi processada criminalmente porque debateu a guerra na Ucrânia com alunos do ensino médio. Ocorre que um dos estudantes filmou o debate e o tornou público, atraindo a atenção do Estado.
Particularmente, o que levou Gen a ser acusada foi citar o bombardeio de uma maternidade na cidade de Mariupol, um episódio que poderia configurar crime de guerra e que as autoridades russas alegam ser falso. O caso dela foi inserido em uma lei de março deste ano que criminaliza a distribuição do que o governo vier a considerar “notícias falsas” sobre operações militares russas.
Na Rússia, contestar as ações do presidente Vladimir Putin ou protestar contra a guerra na Ucrânia é uma missão desafiadora, devido à repressão estatal que leva dissidentes à prisão diariamente. A situação ficou ainda mais tensa durante o conflito, com o aumento dos casos de civis partidários de Putin que passaram a denunciar os manifestantes antiguerra e os opositores do regime em geral. As informações são da rede Radio Free Europe.
A professora de inglês Irina Gen, da cidade de Penza, foi uma das vítimas desse sistema de denúncias populares que muitos no país comparam aos tempos de Stalin e aos piores dias da União Soviética. Ela foi processada criminalmente porque debateu a guerra na Ucrânia com alunos do ensino médio. Ocorre que um dos estudantes filmou o debate e o tornou público, atraindo a atenção do Estado.
Particularmente, o que levou Gen a ser acusada foi citar o bombardeio de uma maternidade na cidade de Mariupol, um episódio que poderia configurar crime de guerra e que as autoridades russas alegam ser falso. O caso dela foi inserido em uma lei de março deste ano que criminaliza a distribuição do que o governo vier a considerar “notícias falsas” sobre operações militares russas.