08 de Maio de 2025

POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 11:18 - A | A

Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 11h:18 - A | A

PAPEL FUNDAMENTAL

Daniel Monteiro busca apoio da OAB-MT por mais equilíbrio institucional

Vereador defende que ações contra parlamentares sejam conduzidas com cautela para evitar prejuízos ao funcionamento do Legislativo e propõe documento conjunto com a OAB-MT

Redação

O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) se reuniu com a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, para discutir os desdobramentos da operação policial que resultou no fechamento da Câmara Municipal durante a investigação de dois parlamentares. A ação impediu o acesso de servidores de 25 gabinetes e atrasou o início da sessão ordinária do dia.

O parlamentar, que também é advogado, afirmou que procurou a OAB por entender que a instituição tem um papel que vai além da defesa das prerrogativas da advocacia, sendo essencial para a preservação do estado democrático de direito.

“Antes de qualquer medida, procurei a Ordem, que considero meu refúgio institucional. A OAB não é apenas um órgão de classe, é um pilar da democracia. E essa atuação precisa ser reforçada diante de situações que impactam o funcionamento dos poderes constituídos”, afirmou.

Durante a conversa, o vereador apresentou à presidente da OAB-MT a ideia de um documento conjunto, elaborado e assinado pelos vereadores, solicitando um parecer jurídico sobre o procedimento adotado na operação.

“A intenção não é afrontar ninguém, nem interferir nas investigações, mas propor que, em futuras ações, o foco recaia apenas sobre os alvos investigados, sem paralisar totalmente as atividades do Legislativo. Lacrar todos os gabinetes pareceu, ainda que em uma análise preliminar, uma medida excessiva”, argumentou.

Gisela Cardoso demonstrou preocupação com a situação e se comprometeu a analisar o caso com responsabilidade institucional. No entanto, esclareceu que qualquer posicionamento da Ordem dependerá de uma avaliação criteriosa dos fatos.

“Todo ato público é passível de crítica e reavaliação. Estamos buscando um diálogo respeitoso e construtivo para garantir que a legalidade seja observada, mas sem comprometer o funcionamento do parlamento nem os direitos fundamentais”, concluiu o vereador Republicano.

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