O delegado Fred Murta ganhou destaque nacional ao iniciar uma série de conteúdos nas redes sociais denunciando a atuação do MC Poze do Rodo, cujas músicas, segundo ele, faziam apologia ao crime e ao tráfico de drogas.
Em vídeos didáticos e firmes, editados com legendas e explicando terminologias, Murta trouxe à tona trechos de shows recentes, com letras que normalizavam ações criminosas, despertando o debate sobre os limites da liberdade artística quando há incitação à violência e promoção de facções criminosas.
O trabalho de Murta não se restringiu à internet. Seus conteúdos viralizaram, ganharam apoio popular e acenderam um alerta em autoridades e instituições. A repercussão acabou gerando um grande movimento e nessa semana a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu deflagram uma operação que resultou na prisão do MC.
“Não é sobre censura, é sobre responsabilidade. Não podemos fechar os olhos para artistas que usam do microfone para propagar uma cultura de crime e violência. Retratar uma realidade onde se está inserido, é uma coisa. Divulgar, promover e incentivar a prática de crimes, é outra completamente diferente.”, disse o delegado.
A prisão do MC Poze abre espaço para um debate mais amplo sobre a infiltração de organizações criminosas em diferentes camadas da sociedade, inclusive no meio artístico. E reforça a importância de agentes públicos que têm coragem de agir, como fez Fred Murta.