O município de Várzea Grande segue se consolidando como uma das maiores potências econômicas de Mato Grosso. Segundo o deputado estadual Júlio Campos (União Brasil), a cidade permanece como a segunda maior arrecadadora de tributos estaduais, atrás apenas da capital, Cuiabá.
Durante entrevista, o parlamentar afirmou que há um equívoco recorrente ao se imaginar que municípios com forte presença do agronegócio, como Rondonópolis, Sorriso ou Sinop, ocupam esse posto. Ele reforça que Várzea Grande arrecada, em média, mais de R$ 100 milhões por mês, mas recebe um repasse de ICMS significativamente inferior ao que considera justo.
Para tentar reverter essa situação, a Prefeitura contratou uma consultoria especializada, que está analisando os dados e apontando o que pode ser uma injustiça fiscal histórica contra o município. A expectativa é que o estudo embasará uma reivindicação mais consistente junto ao Governo do Estado, buscando corrigir esse desequilíbrio financeiro.
Além do peso econômico, Várzea Grande também se destaca politicamente. A cidade é base de diversos parlamentares influentes, como Fábio Tardin, Eduardo Botelho, Juca do Guaraná, Max Russi e Janaína Riva, o que reforça sua representatividade na Assembleia Legislativa.
No setor de serviços, comércio, educação e turismo, o município também é referência. Possui um polo universitário consolidado e atrativos tradicionais, como a conhecida Rota do Peixe, que movimenta a economia e o turismo local.
No campo da mobilidade urbana, a atual gestão municipal deu início à remoção de radares eletrônicos em algumas vias da cidade, cumprindo uma das promessas de campanha da prefeita Flávia Moretti (PL) e do vice-prefeito Tião da Zaeli (PL). Em relação a essa medida, o deputado Júlio Campos fez um alerta, pedindo cautela e responsabilidade na execução.
“Olha, isso precisa ser analisado com calma e tranquilidade, porque sabemos que o cidadão brasileiro só costuma cumprir a lei quando sente no bolso. Os radares instalados em pontos críticos são necessários, pois há excesso de velocidade, abusos e muitos acidentes. Esses equipamentos ajudam a conter esses comportamentos. Agora, os que realmente não são necessários, podem ser retirados. Mas isso não pode virar uma pauta de demagogia política. O ideal é agir com prudência, e depois de um ou dois meses, avaliar os reflexos da medida”, afirmou o parlamentar.
