01 de Agosto de 2025

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POLÍTICA Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 10:23 - A | A

Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 10h:23 - A | A

PÓS TARIFAÇO

Haddad prevê anúncio de medidas de proteção aos empregos nos próximos dias

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirma que plano já estava desenhado, mas que será "calibrado" de acordo com tarifaço anunciado. Embora ruim, pacote trumpista "está mais favorável do que se imaginava", diz Haddad

Resumo Online
Redação

 

O ministro da Fazenda, em entrevista à porta da sede do Ministério da Fazenda, na manhã desta quinta (31), afirmou que o Governo Federal prepara medidas de proteção aos empregos e auxílios às empresas, do setor industrial e agrícola, e que as ações devem ser anunciadas "nos próximos dias".

Fernando Haddad afirmou que o plano de contingência já estava desenhado, prevendo diversos cenários que o tarifaço trumpista pudesse causar, e que neste momento está sendo adaptado à verdadeira dimensão do decreto emitido nos Estados Unidos.

"Agora nós vamos calibrar, à luz do que foi anunciado ontem, para que aconteça o mais rápido possível", disse. Segundo ele , serão medidas de proteção à indústria, aos empregos, e ao agro também. "Os atos [que formalizam as medidas] estão sendo preparados pela Fazenda e vão para a Casa Civil", disse.

Assim como em nota oficial emitida ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comemorou o fato de o tarifaço ter poupado aproximadamente 700 produtos brasileiros das sanções - um evidente recuo de Donald Trump em relação a suas primeiras ameaças -, o ministro da Fazenda foi cauteloso e destacou que nenhuma das medidas deveria ter sido tomada pelo governo estadunidense.

"Foi mais favorável do que se imaginava", ponderou Haddad. Mas, segundo ele, o decreto trumpista não é visto como um ponto final no conflito. "É um ponto de partida para novas negociações. Vamos recorrer dessas decisões no sentido de sensibilizar {o governo dos Estados Unidos]. Isso não interessa, não apenas ao Brasil, mas à América do Sul", argumentou o ministro, evocando a integração econômica do continente ao mercado norte-americano. "Temos que buscar integração, e essa atitude [de Trump] nos afasta". 

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