Três segundos. Esse era o tempo máximo que a influenciadora chinesa Zheng Xiang Xiang costumava usar para divulgar cada um de seus produtos à venda em uma rede social.
As transmissões ao vivo eram feitas no Douyin, a versão chinesa do TikTok , mas trechos das "lives" extravasaram a rede local e têm viralizado há alguns meses em outras plataformas mundo afora.
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Neles, a vendedora mostra os objetos num ritmo que mais parece o de uma caixa de supermercado passando produtos pelo leitor de código de barras. Ela segura o item por alguns segundos, diz apenas o preço e passa para o próximo.
Os produtos vão de roupas a calçados, secadores de cabelo e até cabides, adquiridos pela influenciadora e sua equipe diretamente de distribuidores para revenda.
Em entrevistas na imprensa chinesa, Xiang Xiang disse ter arrecadado de 75 milhões de yuans (cerca de R$ 51,6 milhões) em uma série de "lives" durante um feriado chinês.
Em todos os vídeos, ela mantém um mesmo padrão visual: vestido e luvas pretos, cabelo preso, batom vermelho, produtos em caixas laranja que lembram as da marca de luxo francesa Hermès.
Para especialistas em marketing e negócios, esta é uma das características adotadas pela influenciadora que podem ser aproveitadas por outros empreendedores.
O ponto mais problemático, claro, é o fato de que ela não dava quase nenhuma informação sobre os produtos.
Tanto que a Xiang Xiang se viu obrigada a mudar a tática quando o Douyin entendeu que esse "método" prejudicava a experiência de compra e impôs restrições.
A vendedora então, passou mostrar os itens por um pouco mais de tempo: 18, 20 e até 60 segundos. E, agora, explica como utilizar o produto e o material de que ele é feito, entre outros detalhes.