A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou que a nova executiva estadual do MDB em Mato Grosso está em fase de construção e deve contar com 71 membros, o máximo permitido pelo regimento interno do partido. Segundo ela, a composição busca garantir representatividade de deputados estaduais e federais, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. A intenção é registrar a chapa antes da convenção marcada para 21 de agosto.
Janaina destacou que o processo está sendo conduzido com diálogo interno. Reuniões preparatórias já foram realizadas, incluindo conversas com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e o ex-presidente Michel Temer. Ela acredita em uma transição harmoniosa com a gestão atual, comandada por Carlos Bezerra, e aposta em uma chapa de consenso. Os nomes para os cargos de presidência, vice, secretaria-geral e tesouraria ainda não foram definidos, mas serão discutidos nas próximas reuniões com lideranças do partido.
Sobre a participação do grupo do ex-prefeito Emanuel Pinheiro e do deputado federal Emanuelzinho, Janaina disse que não vê conflito. Ambos teriam sido convidados para a pré-convenção, mas optaram por não participar. Para ela, discussões partidárias devem ocorrer internamente, e não por meio da imprensa. Ela também afirmou respeitar quem segue outros caminhos políticos, como o PSD.
“Não vejo isso como uma queda de braço. Eles têm outros projetos e a gente respeita. O Emanuelzinho, por exemplo, tem ligação com o PSD e é vice-líder do governo Lula. Ele foi convidado, mas optou por não participar. Como ele não esteve presente, não cabe a mim fazer esse debate pela imprensa”, afirmou.
Ao comentar sobre o MDB em Cuiabá, Janaina lembrou que a capital ainda opera sob comissão provisória, pois nunca houve convenção para formação de diretório. Ela afirmou que a situação preocupa o partido e declarou apoio ao deputado Juca do Guaraná para liderar a organização da sigla na capital.
A parlamentar ainda contou sobre a possível federação entre o MDB e o Republicanos, afirmando que a decisão será tomada em nível nacional, mas acredita na viabilidade da aliança, devido aos alinhamentos políticos e interesses das bancadas federais. A expectativa é que a definição ocorra até outubro.
Sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026, Janaina foi cautelosa e disse que ainda é cedo para projeções. Ela citou fatores como uma eventual renúncia do governador Mauro Mendes, a definição das candidaturas presidenciais e os prazos de desincompatibilização como pontos a considerar. “O momento é de viver um dia de cada vez”, afirmou.
