25 de Julho de 2025

POLÍTICA Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 16:38 - A | A

Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 16h:38 - A | A

MOVIMENTAÇÃO PARTIDÁRIA

“Muita água ainda vai correr” , afirma Júlio Campos sobre sucessão, suplentes e alianças

O deputado defende candidatura própria do União Brasil ao governo de MT, prega harmonia na Assembléia e alerta para impactos da tensão diplomática entre Brasil e EUA

Maria Cardoso da Redação

Em entrevista recente, o deputado estadual Júlio Campos comentou temas centrais da política mato-grossense e nacional. Ele abordou desde a movimentação de suplentes na Assembleia Legislativa até os impactos econômicos da política internacional e os rumos do União Brasil nas eleições de 2026. Sobre a polêmica envolvendo a ocupação de cadeiras no parlamento estadual, Júlio reconheceu o desconforto gerado pela situação com o suplente Baiano Filho, mas afirmou ter antecipado sua licença para cumprir compromissos internos do partido.

"Antecipei minha licença, que estava prevista para setembro, para que o Baiano pudesse assumir. Hoje, o deputado Dilmar também se licencia, garantindo mais um mês de mandato ao suplente. Isso é natural. Ninguém chega aqui sem suplente", afirmou.

No cenário nacional, o deputado comentou os desdobramentos da política econômica e diplomática entre Brasil e Estados Unidos, especialmente diante do aumento das tarifas americanas sobre produtos brasileiros e da discussão sobre anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Júlio alertou para os impactos das divergências ideológicas entre os presidentes Lula e Trump, defendendo o protagonismo do Itamaraty na busca por equilíbrio comercial.

Segundo ele, é preciso deixar a ideologia de lado, como Trump tem feito, e permitir que a diplomacia brasileira conduza os acordos. Júlio acredita que o agronegócio, inclusive em Mato Grosso, poderá sentir algum impacto, embora menos severo do que o setor industrial. Quanto às eleições estaduais de 2026, Júlio Campos defendeu que o União Brasil deve lançar candidatura própria ao governo, como forma de fortalecer o partido e ampliar sua presença tanto no Congresso quanto na Assembleia Legislativa.

Ele comentou também a possibilidade de o governador Mauro Mendes não disputar nenhum cargo no próximo pleito, demonstrando frustração por não concluir obras importantes como o BRT entre Cuiabá e Várzea Grande, os quatro novos hospitais, a reestruturação do Hospital Júlio Müller, o Parque Novo Mato Grosso e o túnel de Chapada dos Guimarães. O deputado afirmou ainda que há um desejo crescente dentro do UniãoBrasil por uma candidatura do senador Jaime Campos ao governo. Segundo ele, esse é o sentimento predominante entre deputados estaduais, federais, prefeitos e vereadores, que gostariam de ver o senador colocando seu nome à disposição. Júlio destacou que Jaime já está se articulando e viabilizando sua pré-campanha.

Apesar das movimentações, Júlio garantiu que o ambiente político no grupo do governador Mauro Mendes continua estável e aberto ao diálogo, mesmo diante de possíveis mudanças.

Ele minimizou rumores sobre uma articulação envolvendo nomes como Max Russi e o falecido deputado Silvio Fávero, classificando-os como “conversa fiada”. E concluiu: “Muita água ainda vai correr debaixo da ponte até março”.

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